By flavio

Por que 2015 é um ótimo ano para comprar um TV novo

tv2015

Por Geoffrey Fowler* 

Se você está esperando para adquirir um novo TV, 2015 pode ser um ano em que essa decisão irá se justificar. Na International CES, em Las Vegas, encontramos desta vez menos “perfumarias”, como óculos 3D e telas dobráveis. Nada disso fazia sentido para quem possui um TV antigo, mas ainda funcionando bem. Em vez disso, Samsung, LG, Sony, Sharp e outros grandes fabricantes estão trabalhando em aperfeiçoamentos mais importantes para a qualidade da imagem e a experiência do usuário – sem que este tenha que quebrar a sua conta bancária.

Muitas dessas empresas estão adotando a tecnologia chamada Quantum Dot, que torna mais claras e vivas as cores numa tela LCD, mais próximo daquilo que se vê num cinema. Telas que exibem imagens mais nítidas, como as 4K, serão mais comuns este ano, com preços a partir de 750 dólares (nos EUA).

Muitos dos grandes fabricantes anunciaram planos de rever suas complicadas interfaces, aquela mistura de confusos controles remotos, seletores de entrada e aplicativos de internet que tornaram frustrante o ato de assistir televisão. Os novos sistemas prometem menos complexidade, aproximando-se mais dos smartphones. E os aplicativos estão sendo desenvolvidos cada vez mais por empresas do ramo, como Google, Roku e Firefox.

Nem todo mundo aprecia o detalhamento das imagens em resolução mais alta – alguns críticos achavam que o 4K seria um novo fracasso, como o 3D. Mas os fãs de filmes e séries adoram o 4K, porque é possível perceber cada gota de suor no rosto do ator, cada folha de árvore. Antes, essa tecnologia estava restrita aos modelos top de linha de cada marca, mas este ano os fabricantes estão expandindo para quase todas as linhas.

A Samsung, por exemplo, agora tem nove modelos de TVs 4K; a Sharp está duplicando a oferta; e até o meio do ano os preços devem baixar (a Sharp promete um modelo de 55″ por apenas US$ 1.200). Além do preço, os TVs 4K lançados anteriormente tinham problemas de incompatibilidade no padrão de funcionamento, prejudicando os primeiros compradores. A maioria dessas questnoes foi resolvida, embora alguns itens ainda sejam distribuídos sem a tecnologia VP9, que permite reproduzir vídeos 4K do YouTube, por exemplo (é bom conferir na hora da compra).

Sony, Sharp e outros fabricantes estão adotando 4K até nos TVs de 43″, mas nesse caso é preciso sentar muito perto para perceber a diferença. O impacto começa a ser sentido a partir de 65 polegadas; quem procura TVs pelo preço certamente ficará satisfeito com um dos novos Full-HD.

A tecnologia 4K ainda tem um grande desafio, que é aumentar a oferta de conteúdo originalmente gravado com essa resolução e transmitido, de fato, com todos aqueles pixels a mais. Serviços da internet, como Netflix e Amazon, já estão distribuindo esse tipo de vídeo via conexões robustas de banda larga. Como essas parcerias, a Sony, por exemplo, informa que seus TVs já podem captar um total de 1.300 títulos em 4K. Enquanto isso, LG, Samsung e Panasonic acabam de formar a UHD Alliance, em conjunto com grandes estúdios de Hollywood, com o objetivo de aumentar a oferta de conteúdos em 4K. Nos próximos meses, deveremos ter ainda boas notícias sobre Blu-ray 4K e outras opções em mídias físicas.

Uma imagem de boa qualidade não significa apenas resolução mais alta, mas também maior profundidade e maior gama de cores. Este ano, Samsung, LG, Sony e a chinesa TCL apresentaram na CES a tecnologia Quantum Dot, que amplia a paleta de cores e a luminosidade da tela Os nomes variam entre uma marca e outra: ColorPrime na LG, SUHD na Samsung, Triluminous na Sony e assim por diante.

O segredo está num filme de nanocristais que emitem cores diferentes. Essa tecnologia já existe há alguns anos, mas usava elementos tóxicos; recentemente, os fabricantes desenvolveram o filme para produção em alta escala e sem agredir o meio ambiente. Nos estandes da CES, os TVs com Quantum Dot se destacaram. As imagens contêm as milhares de variações de cores que nossos olhos conseguem enxergar – os TVs convencionais só reproduzem cerca de 100.

 

 

*Textos publicado originalmente no The Wall Street Journal. Para ler o original na íntegra, em inglês, clique aqui.

Os Grandes Sucessos e Fracassos na história da CES

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vcrA história da International CES – antes chamada Consumer Electronics Show – começa em 1967. Inicialmente um desdobramento do Chicago Music Show, a Expo acabou se tornando um festival anual de inovação tecnológica. Mas, na verdade, a CES só passou a ter maior destaque a partir de 1970, quando a Philips lançou ali o Videocassette Recorder (VCR).

Os VCRs já existiam desde a década de 1950, mas custavam em torno de US$ 50.000 e eram usados principalmente em emissoras de televisão (no Brasil, era conhecidos como “videotape”). O lançamento da Philips (foto) permitiu que até o usuário comum gravasse seus programas de televisão preferidos para ver mais tarde. No ano do lançamento, o aparelho custava nos EUA aproximadamente US$ 900, valor que, atualizado para as cotações de hoje, equivaleria a US$ 5.000.

A seguir, uma lista das inovações lançadas na CES ao longo dos anos, algumas muito bem sucedidas, outras um fracasso total.

laserdisc2Laserdisc, 1974 – Os laserdiscs eram seis vezes maiores que os DVDs, e no entanto tinham capacidade de gravação muito menor. Enquanto nos DVDs o sinal é comprimido, nos LDs a gravação era feita num processo semelhante à dos discos de vinil. Só permitiam gravar uma hora de vídeo em cada lado do disco, ou seja, para assistir a um filme de duas horas era necessário virar no disco na metade. Apesar de sua aparência de alta tecnologia, o Laserdisc jamais chegou a superar o videocassete, e acabou se tornando totalmente obsoleto com a chegada do DVD.

 

betacamCamcorder, 1981 – As câmeras de vídeo já eram usadas por repórteres de televisão há décadas, mas a Sony Betacam foi a primeira que trouxe o dispositivo de gravação dentro da própria câmera. Isso tornou o ato de gravar tão simples que uma pessoa sozinha podia utilizar o aparelho. Pouco tempo depois, a Sony lançou as primeiras camcorders para consumo, que se conquistaram a preferência do público – até serem superadas pelo smartphone.

 

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CD, 1981 – Naquele mesmo ano, o compact disc foi mostrado pela primeira vez na CES, logo se transformando num sucesso mundial e virtualmente acabando com os discos analógicos e as fitas cassete. Durante anos, o CD foi a mídia preferida das pessoas que queriam consumir música, até que surgissem os downloads.

 

 

 

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MiniDisc, 1993 – Esta invenção da Sony foi criada com a ideia de substituir os CDs, mas o formato não conseguiu decolar. Os MDs tinham metade do tamanho de um CD e eram rewritable, ou seja, seu conteúdo podia ser apagado para novas gravações. Mas, em 1997, foi lançado o CD-RW (CD regravável), abrindo a possibilidade do próprio usuário fazer cópias de seus discos. Assim, a indústria não embarcou na ideia dos MiniDscs.

 

 


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DVD, 1996 – Apesar de Netflix, iTunes e outros serviços inovadores de distribuição de conteúdos em vídeo, o DVD continua sendo o preferido da maioria das pessoas para ver filmes. Após ser lançado na CES, o DVD rapidamente aposentou as fitas VHS e o videocassete, e pelo menos até o momento não foi superado por seu sucessor, o Blu-ray.

 

 

1996-pippinPippin, 1996 – Um ano antes de Steve Jobs voltar para salvar a Apple, a empresa de Cupertino lançou na CES o Pippin, uma versão do computador Macintosh que também podia servir para games. A Apple licenciou a tecnologia para a Bandai, fabricante japonesa de brinquedos, mas a joint-venture acabou se revelando um enorme fracasso. O modem do Pippin, com velocidade de 14,4 Kilobits por segundo, era terrivelmente lento, e poucos jogos foram lançados para seu sistema operacional. Além disso, custava US$ 600, quase o dobro dos consoles Nintendo e Sega que existiam na época. Somente 10 mil unidades do Pippin foram vendidas nos EUA.

 

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HDTV, 1998 – A primeira transmissão pública de TV em alta definição acontece em 1996, mas somente em 1998 em que os primeiros aparelhos desse tipo puderam ser vistos, na CES. Aqueles TVs custavam dezenas de milhares de dólares, mas os preços foram caindo rapidamente. Hoje, continuam dominando o mercado.

 

 

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DVR, 1999 – O primeiro Digital Video Recorder foi desenvolvido em parceria entre a Microsoft e a Dish Network. O aparelho se transformou num grande sucesso entre os usuários de TV via satélite, e logo – com o lançamento do serviço TiVo – provocou uma revolução no segmento de cabo e no mercado de publicidade.

 

 

2001-XboxXbox, 2001 – No mesmo ano em que a Apple lançou o iPod (a empresa de Steve Jobs já não participava mais da CES), a Microsoft aproveitou o evento para apresentar seu primeiro console de videogame. Ficou longe de ser um sucesso, e nos anos seguintes foi superado largamente pelos modelos da Nintendo e pelo PlayStation, da Sony. Mas a Microsoft decidiu insistir, e sua paciência valeu a pena. Uma década depois, o Xbox se tornou o videogame mais vendido do mundo. Perdeu essa posição para o PS3, mas a versão atual (Xbox One) briga ombro a ombro com o PS4.

 

2002-WMCWindows Media Center, 2002 – Embora tenha sido lançado em 2002, a atualização de 2005 do WMC entrou para a história como um dos grandes fracassos da CES. Na época, Bill Gates costumar utilizar o evento para fazer seus famosos e concorridos keynote speeches, apresentando novos produtos e analisando as tendências da tecnologia em geral. Naquele ano, o apresentador de TV Conan O’Brien foi convidado a comandar na CES um bate-papo com Gates em que este faria uma demonstração do novo WMC.

Após várias tentativas inúteis de fazer o sistema funcionar diante da plateia, O’Brien comentou: “Mas quem é que está cuidando desta apresentação? Quem é que manda na Microsoft?” Sob risos gerais, a novidade caiu em descrédito e a empresa – até então apenas uma focada no segmento de informática – teve que amargar a primeira derrota  em seu plano de conquistar a sala de estar. Mais de dez anos passados, a Microsoft continua tentando e falhando; recentemente, assumiu que o Xbox não tem condições de ser um hub de entretenimento para o consumidor comum.

2003-bluray

 

Blu-ray, 2003 – O formato criado pela Sony supera o DVD em qualidade de som e imagem, mas isso ainda não foi suficiente para garantir seu êxito. A empresa teve uma dura batalha para torná-lo o padrão em discos de alta definição, e somente em 2008 conseguiu enfim derrotar o concorrente HD-DVD, da Toshiba, também lançado na CES. Mesmo sem derrotar o DVD, no entanto, pode-se afirmar que o Blu-ray é, sim, um sucesso.

 

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Vista 2007 – Mais uma vez, a Microsoft apareceu com uma novidade: seu primeiro sistema operacional após seis anos com o bem-sucedido Windows. E foi um disastre. O Vista veio recheado de bugs, incompatibilidades, lentidão e irritantes mensagens de alerta. O episódio quase destruiu a reputação da Microsoft perante os consumidores.

 

 

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Palm Pre, 2009 – O primeiro smartphone da Palm na verdade nunca foi bem aceito. Embora houvesse boa aceitação do sistema operacional WebOS, o lançamento do Android, da Google, derrubou as chances do Palm de se tornar uma alternativa ao iPhone. Em 2010, a HP adquiriu o controle da empresa por US$ 1,2 bilhão; e o WebOS foi vendido à LG, que o utiliza em seus TVs.

 

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TVs 3D, 2009 – Houve muita euforia na época, mas a verdade é que ninguém queria mesmo usar aqueles horrorosos óculos para ver TV. Em 2011, a ESPN – que havia liderado nos EUA o lançamento da alta definição – chegou a colocar no ar um canal de esportes em 3D, mas este nunca decolou. Foi fechado em 2013.

 

 

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Xoom, 2011 – O primeiro tablet desenhado para Android (com o nome de Honeycomb) foi um fracasso desastroso. As vendas foram péssimas, e a Motorola rapidamente desativou o projeto. Mas a Google, que adquiriu o controle da empresa, decidiu ir em frente, e a quantidade de tablets Android hoje é maior que a de iPads.

 

 

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Nokia Lumia, 2012 – O modelo Lumia 900 pode ter vencido a eleição “Best of CES”, mas em termos de vendas também foi um fracasso. Era um aparelho bonito, com uma ótima câmera, o primeiro smartphone realmente com um design diferente. Mas rodava Windows Phone, algo que poucos consumidores desejavam.

 

 

 

*Texto publicado originalmente no site da CNN. Para ler o original na íntegra, em inglês, clique aqui.

Sharp revela tecnologia para produzir TVs em várias formas

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FFD (Free Form Display) é o nome de uma nova tecnologia para produção de TVs que a Sharp exibiu durante a CES 2015. A fabricante japonesa, segunda maior do mundo na área de paineis LCD, convidou designers e engenheiros para assistir às demonstrações do produto em seu estande (confira neste vídeo), anunciando que pretende oferecê-lo a setores como a indústria automotiva, para uso em painéis de veículos.

sharp_telaSegundo a Sharp, a tecnologia FFD se baseia no uso independente dos circuitos do display, que são removidos da tela, com a imagem sendo formada dentro de cada pixel. Isso é possível, diz a empresa, utilizando o semicondutor IGZO, patente da empresa apresentada na CES 2013. Esse componente, que agora começa a ser produzido em maior escala, pode trabalhar com resoluções mais alta, consome menos energia e é mais sensível para aplicações do tipo touch.

O IGZO já está sendo utilizado na produção de tablets, como o modelo MEMS, que fez sua estreia na CES 2015, parceria da Sharp com a Pixtronix, divisão de displays da Qualcomm. Já o painel FFD está sendo desenvolvido junto com a japonesa Sakai, visando a produção de telas maiores. Mas, nos dois casos, técnicos da Sharp afirmam apostar na tendência de telas em formatos diferenciados (redondos, retangulares, curvos etc), tanto no uso industrial quanto em produtos de consumo.

“Não há mais limites para o design de displays”, diz Toshiyuki Osawa, presidente da Sharp Electronics. “Ninguém precisa mais ficar restrito ao formato tradicional retangular”.

SIM2 demonstra projetor solid-state de curta distância

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A italiana SIM2 Multimedia aproveitou a edição 2015 da International CES para demonstrar seus dois novos projetores DLP. Os modelos Nero 3 e Nero3 ST trazem a tecnologia PureLED de backlight, baseada em semicondutor solid-state (SSD) e com painel DLP 1-chip. O ST é o primeiro da marca com configuração short-throw, ou seja, pode ser instalado a pouco centímetros da tela para otimizar o espaço disponível.

sim2Segundo a SIM2, os novos projetores Nero seguem o padrão técnico dessa linha, que já tem vários modelos lançados no Brasil (veja aqui). Ambos apresentam alto nível de luminosidade: 1.400 lumens de saída, o que equivale a 2.000 lumens num projetor com lâmpada. A taxa de contraste é especificada em 30.000:1 e a gama de cores é 135% superior à do padrão NTSC. A fabricante italiana garante que o dispositivo PureLED tem durabilidade total (não especifica a vida útil em horas), até o fim do ciclo de vida do projetor, sem necessidade de manutenção e, naturalmente, sem troca de lâmpada.

O gabinete é feito de vidro-cristal, nova tendência entre os projetores da SIM2, material que é mais resistente à luz e a variações de temperatura ambiente. Possui duas entradas HDMI 1.4, com ajustes eletrônicos de zoom e lente (vertical e horizontal).

Novo Walkman melhora resolução da música digital

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Além de TVs, câmeras e videogames, a Sony reservou um espaço nobre em seu estande na CES 2015 para demonstrar a nova versão do Walkman. O lendário aparelho que revolucionou a indústria musical na década de 1970 agora está plenamente adaptado ao universo digital. Na verdade, já havia sido lançado no ano passado um player Walkman para áudio MP3 e congêneres, mas agora trata-se de uma proposta totalmente reformulada.

sony_walkmanCom o código NW-ZX2, o novo Walkman é um player compatível com áudio de alta resolução. Pode reproduzir arquivos gravados não só em MP3, mas também nos formatos DSD, FLAC e ALAC (este adotado pela Apple), com frequência de amostragem de até 192kHz em 24-bit. Possui memória interna de 128GB e aceita cartões do tipo SD. Pode funcionar em rede Wi-Fi para acessar a internet e, segundo a Sony, sua bateria permite até 60 horas de reprodução contínua.

Trazendo o logotipo “Hi-Res”, o Walkman versão 2015 – previsto para chegar ao mercado internacional em abril – chama atenção pelo design estiloso, com cantos arredondados. E inclui uma série de avanços técnicos que a Sony diz ter desenvolvido nos últimos anos para propiciar ao usuário uma fidelidade sonora que não era possível nos modelos anteriores. Um desses avanços é o codec de comunicação LDAC, que segundo a empresa é três vezes mais eficiente que o Bluetooth convencional. Outra inovação é o processador DSEE HX, que faz upscaling dos arquivos musicais para melhorar a qualidade da audição.

Caixas sem fio da Samsung propagam som em 360º

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caixa_samsungSeguindo a tendência das caixas acústicas compactas, que podem ser utilizadas em qualquer parte da casa, a Samsung mostrou na CES uma nova linha de caixas acústicas compactas wireless. As WAM7500 e 6500 trazem, além do design chamativo, um desenho interno que posiciona os falantes de modo a espalhar o som em todas as direções.

No mercado americano, essas caixas estão sendo lançadas comercialmente junto com as soundbars curvas, desenhadas para acompanhar os TVs de tela curva. A Samsung informou ter montado na Califórnia um centro de pesquisas onde técnicos trabalharam durante dois anos no projeto das caixas arredondadas. Segundo a empresa, na construção de cada caixa foram usados materiais premium, visando atrair também os consumidores que valorizam o aspecto visual dos aparelhos.

O conceito é o que a empresa chama de Ring Radiator (“anel irradiador”), com pequenos falantes montados em linha sobre uma estrutura em 360 graus, com graves e agudos devidamente balanceados. O modelo WAM7500 é do tipo stand, para ser usada com players de mesa ou com conexão Bluetooth. Já a WAM6500 é feita para facilitar o transporte, com alimentação a bateria, podendo funcionar até mesmo fora de casa.

Nova linha 4K da LG utiliza painel Quantum Dot

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A principal inovação apresentada pela LG na CES foi a linha de TVs 4K com painel QD (Quantum Dot), que chega ao mercado internacional a partir de abril. Na verdade, essa solução já vem sendo adotada desde o ano passado por fabricantes como Sony e Sharp, mas segundo a LG foram feitos aperfeiçoamentos para posicionar os TVs QD como top de linha da marca.

Boa parte dos especialistas considera a tecnologia de pontos quânticos como a maior inovação na produção de TVs desde o surgimento dos OLED. Como vem dando prioridade aos displays orgânicos, a LG acabou ficando para trás no desenvolvimento dos paineis QD, e agora busca recuperar esse espaço. Na prática, essa solução se baseia num painel adicional interno formado por pontos luminosos (dots) que ampliam em até 30% a gama de cores (veja neste vídeo). Com isso, consegue-se uma luminosidade mais próxima à dos OLEDs – a diferença é que, nestes, cada pixel é regulado individualmente, enquanto nos QD continua sendo necessário o uso de um painel de backlight.

lg_ultra_hdOs TVs QD da LG fazem parte da linha ColorPrime, que inclui todos os modelos 4K previstos para este ano. São TVs com painel IPS, como os anteriores, e dotados do sistema operacional WebOS 2.0, também anunciado no evento. Deles faz parte também a tecnologia que a LG chama Wide Color LED: os pixels são revestidos com camada de fósforo para acentuar as cores; há ainda dois novos processadores: Natural Color (para corrigir falhas na reprodução das cores) e Contrast Optimizer (que melhora os níveis de contraste).

Todos os novos TVs 4K da LG vêm com upscaling para conteúdos gravados em resolução mais baixa, além do decodificador HEVC 60P para captar imagens 4K da internet e das futuras transmissões de televisão nesse padrão.

Sistema da Harman faz streaming em alta resolução

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Entre diversos produtos que demonstrou na CES 2015, o grupo Harman já definiu alguns que serão lançados no Brasil ao longo do ano. Um deles é o sistema Omni de caixas acústicas sem fio – coincidentemente, o mesmo nome das novas caixas da concorrente PolkAudio. Mas há diferenças importantes entre os produtos.

harman_caixaA Omni Bar, da Harman Kardon, é uma soundbar 2.1 canais que pode ser configurada e controlada a partir de um aplicativo, pelo smartphone. Pode funcionar numa rede Wi-Fi e se comunicar via Bluetooth com aparelhos portáteis, como tablets e notebooks. Outra inovação é o recurso One Touch Follow Me: você pode andar pela casa ouvindo a mesma música, inclusive a partir de streaming da internet. Para a sala principal, a Omni Bar vem acompanhada de subwoofer sem fio, que permite instalação no piso, na parede ou até embaixo do sofá.

Mas o principal avanço dessa nova linha é a possibilidade de reproduzir áudio de alta resolução, simultaneamente, em vários ambientes. A partir da Omni Bar, pode-se espalhar áudio com amostragem de 96kHz e 24-bit, seja usando conteúdos da internet, de players portáteis (via Bluetooth), computador, players DVD ou Blu-ray e até da televisão. Para isso, a Harman também exibiu na CES as minicaixas sem fio Omni 10 (foto) e Omni 20, projetadas para compor um sistema multiroom. Ambas podem ser acionadas via app, sendo que o conteúdo reproduzido em cada ambiente pode ser configurado de modo independente.

Polk Audio lança soundbar com novo sistema de áudio DTS

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A americana PolkAudio é a primeira fabricante a adotar o novo sistema de processamento de áudio Play-Fi, da DTS. Concorrente direta da Dolby como fornecedora de softwares para equipamentos de áudio,a DTS aproveitou a CES 2015 para demonstrar a novidade também em seu estande.

polk1Basicamente, o Play-Fi é um padrão para streaming de áudio que, segundo a DTS, permite a distribuição de conteúdos multicanal por toda a casa com a mesma qualidade da sala principal. Usando sua rede doméstica Wi-Fi, e colocando caixas acústicas como a Omni, recém-lançada pela Polk (estão surgindo outras marcas compatíveis no mercado), o usuário pode fazer os ajustes de áudio a partir do home theater e sincronizar o áudio de todos os ambientes.

Na CES, a PolkAudio demonstrou o conjunto Omni SB1, composto por soundbar e subwoofer sem fio, com preço sugerido de US$ 699 para o mercado americano. Uma de suas inovações é um ajuste especial de voz para áudio surround, que segundo o fabricante amplia o palco sonoro na reprodução de filmes e música. Para isso, a caixa conta com três falantes específicos, otimizados para reproduzir diálogos.

Junto com esse conjunto, a PolkAudio lançou um adaptador P1, para facilitar a conexão de fontes externas (como players e receptores de TV), o amplificador Omni A1, com 75W de potência.