Empresa adota o navegador para facilitar acesso aos recursos smart
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Nova geração de players da Sony permite jogar online mesmo para quem não tem o console.
Enquanto os demais fabricantes relutam em investir na tecnologia OLED (exceção feita a alguns chineses), a LG garante que nem mesmo os TVs 4K mais avançados, com painel LED, se aproximam em termos de qualidade. “Nossa meta é aumentar a oferta de TVs OLED para mostrar sua superioridade a um número cada vez maior de consumidores”, explicou o vice-presidente da LG Electronics, In-Kyu Lee, durante o evento de apresentação em Las Vegas, nesta terça-feira. “Acreditamos que OLED é o futuro da televisão e vamos continuar investindo para que esses TVs se tornem acessíveis a todos”.
O modelo top da nova linha é o 77EG9900 (foto), de 77″, com tela curva que o fabricante chama de “flexível” – com o controle remoto, o usuário pode aumentar ou diminuir a curvatura do TV. Os modelos de tela plana (55″ e 65″) são chamados “Floating Art Slim”, numa referência à espessura do painel, montado sobre uma base transparente.
Ao contrário dos demais fabricantes, a LG patenteou a tecnologia chamada WRGB para produção de seus TVs OLED. A estrutura dos pixels é diferente: além dos três subpixels primários – vermelho, verde e azul – cada pixel contém um elemento branco (white), o que, segundo a empresa, proporciona cores mais vivas e maior quantidade de tons.
Como já aconteceu com seus TVs 4K 2014, a LG mantém na linha 2015 o sistema operacional WebOS, agora na versão 2.0, e o sistema de áudio embutido Harman Kardon.
A empresa foi a primeira a mostrar, na CES, o sistema operacional adaptado a seus TVs.
Por Norbert Hildebrand*
Nas duas últimas semanas, várias conferências e feiras em Nova York foram dedicadas ao mercado de TV nos EUA. Isso inclui todo o espectro: criadores de conteúdo, produtores, emissoras, redes e agências de publicidade. Trata-se de um negócio amplo, lucrativo e complexo, cada vez mais influenciado pelas novas tecnologias e novos consumidores.
Ouvindo todos os lados e como essas mudanças afetam cada um deles foi muito interessante. Antes desses encontros, minha impressão sobre o mercado de TV não levada em conta as transformações que esse setor vem sofrendo. Parecia que eles continuavam agindo da mesma maneira, sem nem olhar para os lados.
Tenho que admitir que estava errado. O mercado está bem consciente das mudanças; apenas não sabe aonde elas levarão e como lidar com elas. Quando analisávamos os segmentos de transmissão e distribuição de televisão, tínhamos uma visão muito simplista – tudo estaria relacionado às telas grandes. Sabíamos que grande parte dos conteúdos de vídeo é acessada em dispositivos móveis, mas não avaliamos o que isso significava.
Talvez achássemos que a TV móvel é apenas para jovens, mas claro que isso está longe da verdade. De acordo com as estatísticas divulgadas a cada trimestre, o hábito de cancelar a assinatura da TV paga (cord-cutting) é uma ameaça cada vez maior às operadoras. Existem várias maneiras de analisar o fenômeno, e para mim particularmente é mais fácil relatar o que já se passou do que discutir o futuro.
O que concluí nas últimas semanas é que o mercado de TV é altamente complexo, com uma estrutura relativamente frágil de grupos com objetivos diferentes, que aprenderam a trabalhar juntos. Sempre houve vencedores e perdedores, o que está dando certo este ano pode não vingar nos próximos anos. Tudo tem que levar em conta o interesse do público e, consequentemente, os números de audiência.
Conhecemos bem o mecanismo da audiência, mas frequentemente esquecemos que a decisão de renovar ou cancelar uma série de TV se baseia fundamentalmente no negócio. Baixa audiência significa menor receita publicitária, ou até mesmo prejuízo. Como cerca de 50% das receitas vêm da publicidade, fica fácil entender a equação.
Esse critério explica também por que o mercado se sente ameaçado por uma mudança no modelo de negócio como um toto. Muitos esperam uma espécie de “decolagem suave”, mas para ser honesto acho que isso não passa de pensamento positivo. Já existem diversas tendências apontando para uma mudança significativa. Eis aquelas que considero as mais importantes (sempre lembrando que se referem ao mercado americano):
*Assinaturas de TV paga estão e vão continuar caindo;
*Plataformas alternativas de vídeo irão crescer e atrair cada vez mais usuários;
*A compra de dados relativos aos consumidores, em todas as plataformas, será cada vez maior para permitir anúncios publicitários mais personalizados;
*As verbas de publicidade vão aumentar nas plataformas de vídeo digital;
*O mercado precisa de novas métricas para lidar com essas plataformas.
Assumindo que mais dinheiro será investido nas mídias digitais, conclui-se que haverá menos verbas para a TV linear. Essa queda pode ser lenta no momento, mas já é expressiva em certos grupos. Num dos painéis a que assisti, alguém informou que, hoje, 25% dos millenials (jovens nascidos nas década de 1990) já não assistem mais à TV linear. E esse grupo é o mais forte do país, em termos de consumo.
Caindo as receitas das operadoras (tanto em número de assinantes quanto de publicidade), alguns irão sentir o impacto mais cedo do que outros. Minha visão é que, embora todo mundo no mercado esteja percebendo isso, ninguém sabe exatamente o que fazer. Como sempre, haverá ganhadores e perdedores, mas a esta altura é difícil prever quem estará de que lado.
*Artigo publicado originalmente no site DisplayCentral. Clique aqui para ler o original, em inglês, na íntegra.
Por Larry Dignan*
A International CES é uma orgia de novos produtos, que demonstram as mais recentes tecnologias, as quais espera-se que venham a mudar nossas vidas. Este ano, temas como realidade virtual, impressão 3D e dispositivos vestíveis estão entre as principais atrações. Mas a característica que fará o sucesso (ou o fracasso) dessas tecnologias é a simplicidade.
Na realidade, os produtos lançados na CES raramente aparecem nas lojas antes de março ou abril. Alguns nem chegam a ser lançados – lembram-se das dezenas de leitores digitais apresentados anos atrás? As questões que mais me interessam são: até que ponto os novos produtos são simples de usar? Será que não trazem recursos demais? Existe um ecossistema de aplicativos fáceis em torno, por exemplo, dos aparelhos ligados à realidade virtual? Será que os chamados wearables não serão futuramente substituídos por relógios de pulso do tipo faz-tudo?
A história indica que a simplicidade é fator determinante para o sucesso dos produtos eletrônicos. Vistos pela lente da simplicidade, alguns tipos de sensores são mais importantes que os gadgets propriamente. Afinal, o grande benefício dessas tecnologias está no fato de poderem ser acionadas através de redes. A estrutura de uma rede acaba sendo mais decisiva do que os aparelhos que a formam.
Esta CES será um teste para a teoria de que os wearables podem fazer tudo! Claro, todos os fabricantes desse tipo de produto estão na expectativa do lançamento do Apple Watch, que promete exatamente isso: “fazer tudo”. Samsung, Motorola e várias outras empresas estão aderindo a essa moda.
Mas confesso que ainda não vi nada desses fabricantes indicando terem certeza de que essa será a tendência nos próximos anos. Já outras – como Jawbone e Withings – mostraram que a simplicidade realmente faz diferença. O sucesso ou fracasso do Apple Watch será decisivo.
O tema da simplicidade também se aplica a aparelhos de realidade virtual, como os óculos da Samsung e da Oculus. À primeira vista, não são acessórios intuitivos. Na verdade, há uma boa chance de que a realidade virtual – assim como a impressão 3D – seja mais útil nas empresas, antes de atraírem o consumidor final.
E, naturalmente, na CES haverá também uma grande quantidade de fabricantes de automóveis mostrando seus sistemas de entretenimento. No ano passado, a Google reuniu parceiros desse setor em torno da OAA (Open Automotive Alliance). Mas até agora não está claro o que esse grupo produziu, além de dois press-releases.
É esse tipo de coisa que me deixa cético em relação às perspectivas do sistema Android. Na prática, a indústria de tecnologia – tanto consumidores quanto empresas – está em busca de algo simples. Infelizmente, simplicidade é o maior desafio da engenharia. Parece que a CES 2015 irá provar isso mais uma vez.
*Texto publicado originalmente no site ZD Net. Clique aqui para ler o original, em inglês, na íntegra.
Com o avanço da chamada IoT (Internet das Coisas), vários grupos vêm se movimentando para discutir os padrões de conexão que irão prevalecer nos próximos anos, talvez décadas. Por enquanto, não há consenso. Existem oficialmente seis propostas em discussão, cujas características detalhamos abaixo.
1.THREAD GROUP
Desenvolvido pelas empresas Samsung, ARM (fabricante de chips) e Nest Labs (esta pertencente à Google Inc), propõe-se a construir uma rede do tipo mesh, de baixa potência, como alternativa aos atuais Wi-Fi, Bluetooth etc. O padrão Thread utiliza a faixa de frequências de 2.4GHz, aproveitando padrões já existentes, como IEEE 802.15.4, IETF IPv6 e 6LoWPAN. Isso significa que aparelhos atuais compatíveis com o padrão ZigBee/6LoWPAN podem facilmente migrar para o Thread.
Este não se apoia numa central de distribuição (hub), como outras plataformas para smartphone, embora possa conectar mais de 250 produtos já lançados no mercado internacional. Nest já utiliza
o padrão Thread em seus famosos termostatos e detectores de fumaça, além de ter feito parceria com Mercedes-Benz, Whirtpool e a fabricante de lâmpadas LIFX para integrar esses produtos.
“O protocolo Thread combina o melhor de cada tecnologia existente para oferecer uma conexão melhor entre os produtos da casa”, diz Vint Cerf, um dos “pais” da internet, hoje evangelista-chefe da Google para a área de internet e consultor da divisão Thread.
Ao contrário do Thread, o consórcio OIC ainda está definindo suas especificações de conectividade sem fio para permitir que bilhões de aparelhos se comuniquem entre si. O padrão foi lançado em dezembro último por empresas como Intel, Samsung e Dell, entre outras, também com a estratégia de tirar proveito de tecnologias existentes, como Bluetooth, Wi-Fi e Zigbee. O plano é formalizar seu software de código aberto no terceiro trimestre do ano.
Neste momento, a entidade está focada em soluções para casas e escritórios inteligentes, pretendendo mais tarde dedicar-se aos chamados setores verticais, como saúde e automobilístico. Também há o projeto de criar uma certificação OIC.
3.AllSeen Alliance
Liderado pela Linux Foundation e pela fabricante de chips Qualcomm, este grupo já inclui grandes marcas, como LG, Sharp, Panasonic, Microsoft e Cisco. Atualmente, seus técnicos trabalham na ideia de criar um padrão para IoT baseado no código aberto AllJoyn, da Qualcomm – os membros poderm usar o código gratuitamente. A aliança conta com 51 entidades.
Com a entrada da Microsoft, concretizada na semana retrasada, o chairman da AllSeen, Liat Ben-Zur, acredita que a adoção do padrão poderá ser bastante acelerada. No entanto, recentemente o The New York Times publicou declaração de Imad Sousou, diretor da Intel, de que o padrão “não está sendo construído para permitir adoção em larga escala”.
O problema, segundo o jornal, é que outros membros do grupo, fabricantes de chips, não confiam na promessa da Qualcomm de abrir mão de seus direitos autorais.
4.HyperCat
Um grupo de 40 empresas sediadas no Reino Unidos – incluindo, IBM, ARM e British Telecom – desenvolveu um padrão para IoT chamado Hypercat. Trata-se de uma fina camada de interoperabilidade que permite a comunicação entre aparelhos como lâmpadas de iluminação pública e medidores inteligentes.
Como um catálogo de endereços, esse padrão permite que aplicativos “perguntem” aos bancos de dados que tipo de informações possuem e qual permissão é necessária para acessá-las, de modo que não é necessário o envolvimento humano. Hypercat pode navegar por computadores e servidores, procurar metadados e usar padrões como HTTPS, APIs e JSON. Hypercat foi desenvolvido nos últimos doze meses, em conjunto com universidades e startups, graças a um financiamento de aproximadamente US$ 10 milhões do governo britânico.
5.HomeKit
Esta é a plataforma anunciada em novembro pela Apple, como capaz de permitir a comunicação entre dispositivos como luzes, termostatos e fechaduras eletrônicas, tudo controlado a partir de aplicativos. Depois de apresentado na Conferência Mundial de Desenvolvedores da empresa, o software será parte integrante do sistema operacional iOS 8, desenhado para trabalhar com aparelhos inteligentes.
O protocolo sem fio também funciona com o serviço Siri, de tal maneira que um único comando de voz pode apagar luzes, fechar portas e ligar o ar condicionado, por exemplo. A Apple informa que, com isso, o usuário não precisará acessar aparelhos diferentes para cada finalidade. Fabricantes desses dispositivos já podem utilizar neles a expressão “Made for iPhone/iPad/iPod”.
Até o momento, existem 17 parceiros da Apple para o Homekit, incluindo três dos maiores fabricantes de lâmpadas (Philips, Osram e Sylvania), além da Texas Instruments e outros.
6.IIC (Industrial Internet Consortium)
No início de 2014, empresas como Intel, IBM, AT&T, GE e Cisco formaram este outro consórcio, que é gerenciado pelo OMG (Object Management Group). Seu foco está nos aplicativos industriais da internet, para sentores como indústria, exploração de gás e petrólio, transportes, serviços médicos etc. O grupo se dispõe a colaborar com outras entidades de pesquisa e órgãos de padronização técnica que estejam envolvidos na área de IoT.
*Artigo publicado originalmente no site Computer Business Review. Clique aqui para ler o original, em inglês, na íntegra.