A Recording Academy dos EUA, formada por músicos, produtores, engenheiros de áudio e outros profissionais da área, divulgou na semana passada um guia para esclarecer o que chamou de “mal-entendidos” sobre o padrão Hi-Res. Lançado em 2013, esse padrão identifica gravações musicais de melhor qualidade, assim como equipamentos capazes de reproduzi-las (identificados pelo selo ao lado).
Segundo a entidade, responsável entre outras ações pela entrega do prêmio Grammy nas categorias técnicas, parte dos profissionais ainda não entenderam exatamente as formas de gravar, mixar e masterizar áudio com resolução mais alta. “Música de alta resolução está se tornando cada vez mais popular, e a demanda aumenta rapidamente”, diz Maureen Droney, diretora da Academia. “Nossos membros querem garantir que haja produtos suficientes para satisfazer essa demanda.”
Maureen fez questão de esclarecer que a entidade não tem fins lucrativos e é formada por profissionais que se dedicam ao assunto voluntariamente. O Guia do áudio Hi-Res, que está previsto para lançamento oficial em outubro, durante a convenção da AES (Audio Engineering Society), deverá incluir itens como:
— A importância de trabalhar com masters que tenham sido gravados digitalmente ou remasterizados a partir de fontes analógicas com a máxima resolução possível;
— A necessidade de procedimentos e protocolos detalhados para gravar e distribuir música com resolução de 24-bit e taxa de amostragem de 96kHz (ou mais alta);
— A importância de cada gravação ser detalhamento explicada ao consumidor, inclusive com créditos dos responsáveis, metadados descritivos e informações transparentes sobre os arquivos originais;