O presidente do grupo América Móvil no Brasil já vê sinais de otimismo no mercado de telecomunicações, apesar da crise que já dura três anos. Falando na semana passada em São Paulo, durante o evento Futurecom, José Félix comentou que o grupo – dono das operadoras NET, Claro e Embratel – pretende manter o ritmo de investimentos em 2017; este ano, o grupo cresceu no segmento de TV por assinatura, embora tenha sofrido quedas especialmente em celular pré-pago.
“Dinheiro para crescer nos segmentos onde já atuamos, não vai faltar”, previu o executivo. “Pessoalmente, essa é a maior crise que já vi, mas o mercado não está parado. As pessoas continuam comprando. É um mercado sadio e vai se reverter em receitas”, acrescentou. Félix fez questão de afirmar que a NET detém hoje “a maior rede de fibra óptica do Brasil”, embora outras operadoras digam o mesmo. “Uma coisa é marketing, outra é resultado. Usamos uma tecnologia em que a fibra vai avançando na medida em que a aumenta a demanda da casa por mais velocidade”.
O presidente da América Móvil defendeu o modelo de serviços do grupo, baseado na grande oferta de conteúdos HD dos canais pagos e no aumento progressivo da oferta via dispositivos móveis. Félix rechaça a ideia de concorrência com serviços da internet, como o Netflix. “Acho que eles competem mais com uma HBO, Telecine ou Globosat”, comentou.
Ele destacou ainda que seu grupo oferece hoje o portfólio de serviços digitais mais completo do mercado. “Temos mais de 12 milhões de conexões, somando NET (cabo), Claro (DTH) e Clarovídeo. Não tem Netflix nem ninguém que se aproxime disso”, concluiu, lembrando que há 6,5 milhões de usuários do Clarovídeo Light, serviço de vídeo sob demanda via celular. Os assinantes de TV somam 10 milhões, segundo a Anatel.
FONTE: Converge.com
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