A EAD, empresa criada pelas operadoras de celular para coordenar o processo e implantação da TV Digital em todo o país, pediu ao Ministério das Comunicações o adiamento do prazo para transição em São Paulo. A data fixada (29 de março de 2017) está sendo considerada inviável para concluir todas as etapas do programa, incluindo a distribuição de “kits digitais” às populações de baixa renda.
Fazem parte da administração da EAD as operadoras Claro, Vivo, Tim e Algar, que conquistaram em leilão o direito de utilizar as frequências na faixa de 700MHz dos canais de TV analógicos. O plano é utilizar essas frequências para implantar novas redes de telefonia celular, com mais potência e sinal de melhor qualidade. O plano de transição estabelecido pelo governo federal determina o desligamento gradativo dos transmissores de TV analógicos e a transferência das frequências para as teles.
Os transmissores já foram desligados com atraso no Distrito Federal, e a capital paulista seria a próxima área metropolitana a passar pelos procedimentos. Mas a EAD pede a revisão de todo o cronograma, alegando atraso na encomenda dos equipamentos necessários. Em acordo com as emissoras, que hoje utilizam os canais analógicos, ficou estabelecido que os transmissores só serão desligados quando 93% dos domicílios tiverem condições de receber sinal de TV digital aberta.
Em São Paulo, maior região metropolitana do país, com cerca de 5 milhões de domicílios, a estimativa é de que sejam necessários cerca de 2,2 milhões de kits, incluindo antena e receptor digital, para moradias que possuem TV compatível e não têm acesso a serviços de TV por assinatura.
Para esclarecer a população sobre esses procedimentos, a EAD criou o site Seja Digital, enquanto as emissoras mantêm no ar o site do Fórum SBTVD.