Para quem sonha em ter a maior (e melhor) imagem com projetor, é fundamental a aquisição de uma tela. Uma boa tela de projeção, fixa ou elétrica, sempre apresentará maior definição e imersão que uma singela exibição em parede branca. Há mais de 12 anos no mercado, a Dual Screen, famosa pela produção de telas de vidro capazes de mostrar imagens em ambos os lados, traz a segunda geração de seu modelo Black Screen, de alto ganho de contraste.
Lançada na feira Tecnomultimídia InfoComm 2018, essa tela de projeção frontal, com tamanhos que variam de 50” a 119”, intensifica os níveis de preto e de cinza, características importantes para a projeção em um home theater, sendo possível aprimorar o contraste em ambientes claros e escuros.
Visual de TV
O modelo Black Screen 2.0, de 84”, que recebemos para testes veio acondicionado em uma caixa de chapas de compensado, para garantir total proteção no transporte. Foram dezenas de parafusos removidos até conhecermos a tela de vidro escura, de alta resistência, com moldura ultrafina em alumínio fosco e visual semelhante ao de alguns modernos televisores.
O fabricante ainda oferece sob encomenda a opção da tela com LEDs traseiros. Instalar a Black Screen 2.0 na parede é tão simples quanto um quadro, apesar de um pouco pesada; na parte posterior, orifícios para o encaixe dos parafusos com buchas só exigem de duas pessoas no manuseio a devida atenção para fixar a tela no nível exato.
Avaliação
Para testar a nova Black Screen 2.0, tínhamos em mãos dois projetores: o BenQ TK-800, de tecnologia DLP 4K e brilho de 3.000 ANSI Lumens, e o Epson LS100, um 3LCD de ultra curta distância e 4.000 ANSI Lumens. Intencionalmente, mantivemos as cortinas blackout parcialmente abertas, com um pouco de iluminação natural na sala, mas sem incidir na tela, e não demorou para termos uma boa impressão.
Por meio do projetor Epson, assistimos jogos de futebol e documentários (NET 4K) com imagens que combinavam tonalidades vivas e intensas, sem aquele aspecto “lavado” tão comum numa projeção em ambiente iluminado. Vimos séries (Luke Cage e Ozark/Netflix) com bom nível de preto e gradações de cinza consistentes, como se estivéssemos diante de uma TV, porém sem exibir reflexões!
Parte da luminosidade do projetor é absorvida pela tela, o que fez reduzir a claridade das cenas. Em contrapartida, essa luz se espalha de maneira uniforme pela superfície, ajuda a balancear o contraste e mantém a fidelidade das cores em toda o painel, inclusive melhorando o ângulo de visão conforme constatamos.
O segredo, segundo a Dual Screen, que preferiu não revelar detalhes, é que tecnologias patenteadas e quatro películas especiais desenvolvidas em sua fábrica foram aplicadas diretamente no painel de vidro. Mas ficou evidente para nós que o melhor uso da Black Screen 2.0 se dá em sala escura; até porque a empresa também produz telas de alto ganho de brilho feitas de vidro e de alumínio.
Com o projetor BenQ, de menor luminosidade, o aproveitamento não foi tão bom durante o dia, mas plenamente satisfatório à noite. Assistimos a shows como Live 2012, da banda Coldplay, em Blu-ray; e filmes como Próxima Parada: Apocalipse (Netflix), com um nível de contraste surpreendente.
Conclusão
Quando comparada à tela branca (matte white) adotada como referência em nossa sala, a Black Screen 2.0 se mostrou especial: conseguiu valorizar mais a profundidade e o contraste das imagens, mesmo com projetores de baixo custo.
FICHA TÉCNICA MODELO Tela Dual Screen Black Screen 2.0 50” – 110x62cm * Sem emendas; profundidade de 2cm GARANTIA: 1 ano |