Caixas acústicas do tipo soundbar, ou de estilo barra, devem ser utilizadas em ambientes pequenos (até 15m2), devido as suas limitações físicas envolvendo tamanhos de gabinete e de falantes, sendo mais fácil obter desempenho convincente de simulação surround e pressão sonora. Não por acaso, vemos em diversos projetos publicados na revista a soundbar integrada a uma smart TV instalada no quarto, onde muitos usuários preferem acompanhar a sua série favorita antes de dormir.
É fato que certos modelos quando munidos de elevada potência, número de canais e um subwoofer de alto impacto podem surpreender mesmo em espaços mais amplos, conforme constatamos em nossos testes. No entanto, a soundbar ainda está longe de substituir um sistema completo de caixas torres ou bookshelves com sub de maior driver e amplificação, além de receiver com variados tipos de processamentos, ajustes e conexões.
Como em qualquer tipo de produto o valor a ser pago por ele pode revelar muito de seus aspectos. Uma breve pesquisa na web e encontramos soundbars custando a partir de R$ 200. Logicamente são modelos de características simplórias, baixa potência, sem entrada digital e sem subwoofer. Por isso, não se engane: soundbars com nível de qualidade aceitável, boa potência e subwoofer incluso custa em média três vezes mais.
Cuidado com a potência
A soundbar tem potência declarada que nem sempre condiz com a fornecida na prática. Muitos fabricantes divulgam a saída em watts total e de pico (que equivale o dobro) do conjunto com subwoofer, porém poucos informam a potência da barra de maneira separada do subwoofer e em watts RMS contínuos. Uma soundbar destinada a ambientes pequenos deve oferecer ao menos 60W no total; há modelos mais potentes, como a B&W Formation BAR, de três canais, mas com seis falantes responsáveis por liberar 60W cada.
Aliás, número de canais nem sempre corresponde ao número de falantes, cujo tamanho pode oferecer entre 0,75” (tweeter) e 2,5” (midrange) na maioria das soundbars. Apenas poucos modelos, como da Bluesound e da Sennheiser, ostentam woofers de 4”. Em soundbars, digamos “mais “convencionais”, no próprio manual de instrução ou ficha de especificações consta que 25% (em média) de toda a potência do conjunto é gerada pela barra. Exemplo disso é o modelo Harman Kardon SB20, testado recentemente por nossa equipe (detalhes aqui), em que a soundbar libera 26W RMS, enquanto o subwoofer 70W RMS.
Subwoofer: fundamental
O ideal é que todas as soundbars trabalhem com um subwoofer ativo, para explorar a carga de graves dos filmes e séries, ampliando o envolvimento e impacto necessários. Praticamente todos os subs que acompanham as soundbars dispensam cabo para receber o sinal de baixas frequências, funcionando por radiofrequência, o que facilita o seu posicionamento em qualquer ponto da sala que o usuário julgar conveniente.
Vale lembrar, que é necessária uma tomada de energia no local de instalação. Em geral, esses subs são produzidos com um woofer down-firing ou side-firing de 5” a 8” (raras exceções como a JBL BAR 5.1 possuem 10”) alimentado internamente por um “ecológico” amplificador Classe D de 50W até 200W (a média é menos de 100W). Muitas soundbars que não vêm com subwoofer sem fio, como a Yamaha YAS-108, traz saída mono RCA para se conectar com sub de qualquer marca.
Há também outras características importantes presentes nas melhores soundbars – como conexões HDMI (ARC), wireless (Wi-Fi e Bluetooth), processamento Dolby Atmos, caixas surround sem fio e compatibilidade com assistentes de voz –, que você precisa saber antes de comprar a sua. Para ver a matéria completa, baixe agora a edição digital (#280) de HOME THEATER & CASA DIGITAL, ou solicite já a versão impressa da revista.
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