Alguns processamentos podem ampliar a imersão sonora em sua sala
Uma das maiores inovações em áudio nos últimos anos, o padrão Dolby Atmos vem sendo adotado por produtoras de filmes, séries e até games. Esse processamento de áudio tridimensional, que começou em 2012 no cinema e passou a ser realidade em discos Blu-ray, aos poucos se torna comum também em serviços como Netflix, iTunes e Amazon.
Já o DTS:X, rival menos famoso do Dolby Atmos e mais encontrado em discos Blu-ray 4K, se difere pela maior flexibilidade no posicionamento das caixas, sem a obrigatoriedade de falantes adicionais no teto. Basta um conjunto 7.1 canais, com caixas frontais verticais (HEIGHT) na parede, ou surround traseiras (BACK), para criar a sensação de envolvimento 3D.
Mas a maioria dos conteúdos que assistimos não está gravada em Dolby Atmos ou DTS:X; muitos sequer são transmitidos em 5.1! Foi pensando nisso que a Dolby repaginou o processamento Dolby Surround, sucessor do Dolby Pro-Logic IIz; assim como a DTS atualizou o DTS Neo:6, dando lugar ao DTS Neural:X.
Tanto um como outro são métodos de remixagem, que empregam algoritmos avançados para analisar em tempo real os sinais de áudio. Neural:X e a nova versão do Dolby Surround ampliam um sinal estéreo ou 5.1 para todas as caixas na sala, incluindo canais frontais na parede ou no teto.
Para facilitar a comparação, muitos receivers possibilitam usar os pós-processamentos da Dolby não só com sinais PCM e nativos Dolby Digital, mas em cima de qualquer trilha DTS. Nesses aparelhos, o algoritmo DTS Neural:X também pode atuar sobre conteúdos Dolby Digital.
Assim, conseguem criar envolvimento tridimensional com uma faixa dinâmica mais alta, resultando em maior impacto e realismo. A versão atual do Dolby Surround introduz uma dimensão de altura, para que sons aéreos sejam reproduzidos com mais espacialidade, se aproximando do Atmos.
Uma vantagem é que isso pode ser feito com caixas acústicas convencionais, e nem há necessidade de caixas no teto. O algoritmo Dolby Surround identifica e decodifica sinais espaciais presentes na trilha (estéreo ou 5.1), como chuva, vento e ruídos secundários de cada cena.
Esses sinais são processados e direcionados às caixas frontais, criando uma nova ambientação. Essa também é a finalidade do processamento Dolby Atmos Virtualization, usado em soundbars, para gerar imersão em 360º (veja também como o Dolby Atmos melhora a reputação das caixas soundbar).
Lançado inicialmente para soundbars, DTS Virtual:X é outro processamento surround que produz o campo sonoro de altura com apenas duas caixas frontais. O objetivo é “enganar” o cérebro, ao direcionar sons específicos de uma cena, com atrasos e ajustes, para um espaço de audição tridimensional, podendo incluir elementos aéreos frontais ou traseiros.
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