Em comunicado distribuído nesta 3a feira, a Netflix confirmou que está promovendo no Brasil a mesma política adotada na Europa: reduzir a qualidade do sinal para evitar sobrecarga nas redes. Desde a noite de 2a feira 23, assinantes do serviço começaram a experimentar queda no fluxo de dados ao assistir séries e filmes. O procedimento aingirá em 48 horas todos os usuários Netflix no país.
“Em circunstâncias normais, fazemos diferentes transmissões simultâneas de um único título em cada resolução”, diz Ken Florance, vice-presidente de entrega de conteúdo da empresa, em comunicado enviado ao jornal O Estado de S.Paulo. “O que faremos agora é remover as faixas de frequência com maior fluxo de dados. Quem é muito ligado em qualidade de vídeo pode perceber uma pequena queda na qualidade de cada resolução, mas a entrega ainda será na resolução pela qual o usuário pagou”.
O comunicado diz ainda que, ao contrário da Europa, não haverá restrição com base no tipo de resolução: quem é assinante Ultra-HD continua recebendo as imagens em 4K. A Netflix informou que está reduzindo apenas o bit-rate (taxas de dados) utilizado em cada transmissão. Não foi informado como isso é feito sem provocar queda na resolução, já que conteúdos 4K utilizam uma porção maior da banda de transmissão.
As medidas inicialmente devem durar 30 dias, com estimativa de redução de 25% no tráfego de dados. No fim de semana, a Rede Globo anunciou a suspensão das transmissões em 4K e Full-HD nos serviços Globoplay, Globosat Play, Globoesporte.com, GShow e no site G1. Segundo a empresa, todos os vídeos nesses canais agora são transmitidos em HD (720p), o que deve reduzir em 52% o tráfego (veja aqui os detalhes).
Facebook e Instagram anunciaram ontem que estão adotando políticas similares em toda a América Latina, assim como o serviço de filmes Looke no Brasil. Na Europa, Amazon e YouTube também participam desse esforço.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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