Em tempos de pandemia, melhor aproveitar os momentos em casa com a família assistindo a bons filmes e séries. Mas para que o desempenho sonoro do home theater não comprometa negativamente a reprodução, causando fadiga auditiva (e não prazer), talvez seja a hora de partir para o “faça você mesmo”. Você verá como é fácil.
Seus equipamentos de áudio podem ser caros, refinados, mas se não estiverem bem ajustados dificilmente convencerão, até mesmo os mais leigos, de seu potencial de desempenho. Basta fazer um teste e ouvir atentamente o sistema para concluir que os graves são os responsáveis diretos por essa percepção de qualidade.
E as baixas frequências, mais precisamente a faixa que vai dos 20Hz aos 500Hz, chamam a atenção, seja para o bem ou para o mal, da maioria das pessoas, que as têm como referência numa reprodução sonora. Por isso, os ajustes de áudio ainda merecem a devida importância, apesar do advento da calibragem automática, hoje, presente em todos os receivers.
Calibragem automática
É fato que a auto calibragem simplifica todo o processo de setup, pois antes tudo era “o ouvido”, na trena métrica e, dependendo do nível de exigência, o uso do decibelímetro era imprescindível. A ideia aqui não é abdicar dessa função, mas otimizá-la, presumindo que todas as caixas estejam corretamente conectadas ao receiver e posicionadas na sala.
A calibragem deve começar com o microfone na altura dos ouvidos e plugado no receiver, que emitirá um tom de teste a ser reproduzido durante alguns segundos, através de cada uma das caixas do sistema. Ao chegar a vez do subwoofer, alguns softwares recomendam o controle de volume diretamente na caixa até que o microfone identifique a pressão sonora de 75dB.
Após seguir as orientações mostradas no visor do aparelho ou na tela do televisor, os ajustes são concluídos e é hora de conferir o mais importante deles: o de Gerenciamento de Graves (Bass Management).
Gerenciamento de graves
O funcionamento do gerenciamento de graves do receiver está ligado ao seu ponto de crossover, que determina quais as frequências mais baixas serão canalizadas para o subwoofer. E, ao mesmo tempo, permite à faixa de graves acima dessas (exemplo 80, 100, 120Hz…) continuar sendo recebida pelas outras caixas do conjunto.
O ideal é que o usuário defina essa frequência para o ponto mais baixo em que suas caixas possam tocar com autoridade. Uma dica é verificar a resposta aos graves dentro de uma distorção de amplitude de (+/-3dB), quase sempre especificada na ficha técnica pelo fabricante.
Para caixas bookshelf, a resposta pode ser de 60 a 100Hz; e em torres de médio porte, com dois ou até quatro woofers, a reprodução chega entre 40Hz e 60Hz. Quando as caixas estão configuradas incorretamente, os baixos se apresentam forçados e distorcidos porque estão chegando com muita informação de frequência que os falantes não conseguem lidar.
Subwoofer: sempre fundamental
De vez em quando ainda recebemos perguntas de leitores sobre a necessidade de um subwoofer em sistemas com frontais torres. De uma vez por todas: o uso do sub é fundamental para reproduzir adequadamente o canal LFE (Low Frequency Effects) e também os graves de todas as caixas quando ajustadas no receiver para pequenas (small).
É ele quem fornece os graves mais profundos e consistentes no sistema, mesmo que haja modelos grandes (large/full band) nos canais frontais. Além disso, o subwoofer libera as demais caixas para reproduzir as frequências para as quais foram projetadas, portanto com menos distorção.
E não para por aqui. Para saber mais detalhes sobre como ajustar os graves, inclusive em sistemas Dolby Atmos, com caixas tipo torre (large) ou compactas (small), além de dicas sobre o melhor posicionamento para o subwoofer, baixe agora o aplicativo de HOME THEATER & CASA DIGITAL e veja a matéria completa clicando aqui.
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