TV LG OLED 55”: custo-benefício bem interessante

Embora as TVs OLED tenham custo mais alto que as LED-LCDs, aos poucos surgem no mercado modelos mais acessíveis. A linha OLED A1 da LG, lançada em versões de 65” e 55”, possui a mesma tecnologia de pixels e design ultrafino de suas irmãs mais avançadas C1 e G1 (aqui o teste do mod. C1). Este ano, esses dois modelos foram substituídos pelas OLED C2 e G2, com painel “evo” (veja aqui os detalhes).

Entre os recursos da TV OLED A1, destacam-se reprodução de imagens Dolby Vision, o processador com Inteligência Artificial e os assistentes de voz Alexa e Google integrados ao painel. Enquanto a C1 tinha uma base robusta de alumínio, essa 55A1 que testamos agora possui dois pés bem simples, permitindo montagem similar à maioria das TVs LED.

A OLED A1 é mais leve (apenas 18,5kg, contra 29kg da C1) e possui tela quase sem borda, com espessura de apenas 0,5cm em sua parte mais fina. São três entradas HDMI 2.0, uma delas (a traseira) compatível com o canal de retorno de áudio aprimorado (eARC), permitindo transmitir sinais PCM sem compressão, Dolby Digital Plus ou Dolby Atmos a um receiver ou soundbar.

Espelhamento com celular e áudio sem fio

Essa TV se conecta à rede via cabo ou Wi-Fi. Pode exibir conteúdos de celulares Android por espelhamento, via Miracast, e de dispositivos Apple via AirPlay 2. A comunicação Bluetooth pode funcionar em duas vias, ou seja, tanto recebe áudio como transmite a fones ou caixas acústicas sem fio.

Acompanha a TV OLED A1 a mais recente versão do controle LG com sensor de movimento. O Smart Magic traz botões scroll e de acesso rápido a Netflix, Prime, Disney+, Globoplay e os assistentes Google e Alexa – ambos já integrados na plataforma webOS.

Durante nossos testes, foi possível criar atalhos para acesso rápido a outros serviços de streaming: a tecla “1” ficou como YouTube, “2” como HBO MAX etc.  Também conseguimos com o controle acionar a reprodução de discos Blu-ray no console Xbox One S (via HDMI-CEC).

Controle também pode ser feito por app

As TVs LG são compatíveis com o software Apple HomeKit, que permite ativar dispositivos smart dessa marca a partir do próprio controle da TV. Ao pressionar a tecla do microfone no controle, é acionado o assistente virtual ThinQ AI, que controla a TV, faz pesquisas e ativa eletrodomésticos conectados da LG.

Caso o usuário perca o controle remoto, pode usar os aplicativos LG TV Plus ou LG ThinQ com todas as funções, incluindo mouse e comandos de voz. O LG ThinQ é mais completo: mostra sugestões de filmes nos serviços de streaming e todos os apps baixados na TV. Também possibilita espelhar mais facilmente fotos e vídeos na tela da TV, ouvindo o som pelo celular, e criar rotinas de uso de outros aparelhos (ar-condicionado, por exemplo), desde que sejam LG.

Na tela inicial da TV (sistema webOS 6.0), pode-se acessar rapidamente o Painel de Controle e acionar equipamentos conectados à rede – seja uma lâmpada, cortina automatizada ou eletrodomésticos da LG. Também nesse Painel, o usuário consegue visualizar e acionar dispositivos conectados por Bluetooth, AirPlay ou entradas físicas (HDMI e USB) da TV.

O menu webOS 6.0 se sobrepõe ao conteúdo exibido, o que nem sempre agrada quando se está assistindo a um programa ou evento ao vivo. Mas o processador tem navegação rápida, e durante nossos testes não tivemos nenhum travamento na abertura dos apps.

Testando a TV com filmes e games em 4K

 Começamos os testes da OLED A1 com jogos do Xbox One S, reproduzindo com bom detalhamento os gráficos 4K HDR10 do jogo Forza Horizon, por exemplo, sem engasgos ou queda de quadros. A movimentação fluida foi preservada em Star Wars Battlefront II, enquanto o Modo Automático de Baixa Latência (ALLM) ativado no Modo Jogo permitiu bom desempenho no gatilho.

Um minipainel com informações do jogo pode ser visualizado durante a diversão. Permite acessar quatro modos do Otimizador de Games (Standard, FPS, RPG e RTS) de acordo com o tipo de jogo, além de configurações avançadas de brilho, cor e clareza.

O som de 20W da OLED55A1 é abafado e distorce um pouco ao elevar o volume acima de 50%, inclusive após a calibragem AI Acoustic Tuning com o controle Smart Magic. Por isso, recomendamos conectar um receiver ou soundbar via HDMI eARC, conexão óptica ou estéreo Bluetooth para melhorar a experiência de áudio.

Descobrimos na prática que as TVs OLED LG podem transmitir sinal Dolby Atmos a um receiver ou soundbar que tenha esse processador. Assim, pudemos explorar conteúdos dos principais serviços de streaming: Prime Video, Disney+, Star+ e HBO Max, além do Netflix. A maioria das TVs só permite Atmos no Netflix.

Ajustes permitem ver mais detalhes das cenas

As LG OLED vêm com modos de imagem bem calibrados de fábrica para uma sala escura, como Cinema, ISF, Dolby Vision Cinema e Filmmaker (Modo Cineasta) – este pode ser ativado automaticamente no Prime Video. Há outros modos indicados para ambiente claro, mas não valorizam o que uma OLED tem de melhor: contraste com excelente nível de preto.

Ao rever cenas de Downton Abbey (Prime) em HD, percebemos muito mais detalhes dos figurinos, inclusive os chapéus inusitados de Maggie Smith, do que quando assistíamos a essa série numa TV LED-LCD.

Cores neutras (campos verdes, céu azul, tons de pele) se apresentaram com melhor saturação, bem balanceada, destacando a bela fotografia da série. Também em HD, vimos Família Soprano (HBO Max) e futebol (TV digital), e novamente chamaram atenção a limpeza da imagem (quase sem ruídos) e os tons mais intensos. Segundo a LG, isso se deve ao chip Alpha7 de 4ª geração, que otimiza o upscaling de HD para 4K usando algoritmos de Inteligência Artificial.

Já com o filme Morte no Nilo (Star+), em 4K Dolby Vision, foram exibidas com perfeição as cenas escuras e com tons de pele variados, muitas vezes atuando sob áreas de sombras. A OLED 55A1 mostrou excepcional nível de detalhamento, fidelidade de cor e preto puro.

Uma TV pensada para quem quer sua “primeira OLED”

Uma tela OLED pode reproduzir 100% do volume cromático padrão do Cinema Digital (DCI-P3). Pudemos comprovar isso mais uma vez assistindo a animações como RED – Crescer é uma Fera (Disney+ 4K Dolby Vision), com ampla gama de cores e sem distorções quando mudamos o ângulo de visão.

A TV OLED A1 foi pensada para quem busca “sua primeira OLED”, como sugeriu a própria LG. Sua qualidade de imagem é bem acima da média, embora o nível de brilho seja baixo (o fabricante não informa a luminosidade em nits). Com as luzes acesas ou a janela da sala aberta, imagens HDR e Dolby Vision perdem um pouco o impacto. Mas, no escuro, tivemos excelente contraste e fidelidade de cores, como é de se esperar numa TV OLED.