Em 2024, o mercado de Smart Home entrou numa nova fase de desenvolvimento: o “middle market“. O perfil do adotante da casa inteligente hoje parece diferente do que era há alguns anos. O “superusuário” que comprava tecnologia imediatamente após a sua disponibilidade no mercado não é mais o centro da história.
A “maioria inicial” de adotantes de uma casa inteligente simples é agora o maior segmento do mercado. As soluções continuam a migrar para o mercado intermediário, com cada vez mais famílias comprando dispositivos pela primeira vez. Ao mesmo tempo, muitos sistemas e dispositivos ainda são concebidos para pessoas com rendimentos elevados e forte afinidade tecnológica.
Assim, as empresas do setor devem entender o que os clientes “novos” mais valorizam e repensar desenvolvimento de produtos, preços, mensagens e estratégias de suporte, para melhor atender a maioria inicial que está chegando agora…
Um novo estudo desenvolvido pela consultoria americana Parks Associates mostra quem é esse novo usuário de casa inteligente e avalia as necessidades exclusivas do segmento. A pesquisa fornece estratégias para fazer crescer o mercado, abordando como eliminar as barreiras à entrada.
Historicamente, a maioria dos compradores de produtos domésticos inteligentes são identificados como inovadores ou pioneiros (early adopters), o que significa que gostam de tecnologia e a usam regularmente em suas vidas. No quarto trimestre de 2021, 56% de todos os dispositivos domésticos inteligentes tiveram seus proprietários identificados como Inovadores ou Pioneiros. Mas esses superusuários não são mais o centro do mercado. Hoje, apenas 39% dos proprietários de dispositivos domésticos inteligentes se enquadram nesses dois segmentos, indicando uma tendência mais popular nos EUA.
Benefícios práticos da Casa Inteligente
Os adotantes de uma ‘casa inteligente simples’ agora constituem o maior segmento do mercado. Esse grupo de compras tem necessidades diferentes. Eles priorizam benefícios pragmáticos em vez de resultados impressionantes, recursos tecnológicos ou propostas de valor complexas.
A indústria de residências conectadas está entrando em uma nova fase, em que os esforços de marketing e design podem ser redirecionados a um usuário mais “convencional”, com a maioria inicial continuando a aumentar. Assim, uma mudança em direção ao “mercado intermediário” pode finalmente estar em andamento.
As empresas do ecossistema de casa inteligente devem ajustar suas estratégias de marketing e design de produtos para dar conta da transição dos primeiros adotantes para a maioria inicial. Por exemplo, 29% dos compradores recentes são novatos (possuem apenas 1 ou 2 dispositivos domésticos inteligentes). Isso equivale a 15% de todos os lares com internet nos EUA, ou mais de 17 milhões de domicílios.
Os novos consumidores no mercado doméstico inteligente estão muito mais próximos do consumidor convencional do que daqueles primeiros a adotar a casa inteligente, que muitas vezes eram apenas os inovadores e entusiastas.
A indústria precisa se concentrar nos benefícios e nas mensagens que inspirarão esses compradores do mercado intermediário a adquirir seus próximos dispositivos domésticos inteligentes. Eles são mal atendidos nos serviços de segurança, o que é um problema universal, e necessitam de uma proposta de valor atraente. As mensagens devem ser mais inclusivas, concentrando-se nos benefícios práticos e na facilidade de integração na vida cotidiana, para atrair esse público mais amplo.
Para ver o artigo na íntegra, clique aqui.
FONTE: Instituto da Automação