Um site de economia chamado Korea Economic Daily divulgou na semana passada, citando “fontes da indústria”, que a Samsung decidiu mesmo lançar TVs com painel híbrido QD-OLED no primeiro semestre de 2022. Se os planos não forem alterados, o produto – em versões 55″ e 65″ – será exibido na CES de Las Vegas, em janeiro.
Como comentamos em março, neste post, a Samsung estava na dúvida sobre a conveniência de lançar uma nova tecnologia em meio a tantas variações de painel este ano: já tivemos os Neo QLED, que são painéis de pontos quânticos com backlight de minileds; e em agosto estão saindo os QNED, da LG, com estrutura parecida. Daqui até o final do ano, a Samsung deve lançar os primeiros MicroLED, para bater de frente com os OLED da rival – que, aliás, também acabam de ganhar nova versão (OLED Evo).
Agora, segundo as fontes citadas pelo site coreano, a estratégia foi definida: posicionar MicroLED como produto top, enquanto QD-OLED seria um intermediário entre MicroLED e Neo QLED. Se for verdade, será uma aposta e tanto! Um dos principais problemas da indústria em geral, hoje, é explicar para o consumidor as diferenças entre essas siglas todas. Se a Samsung conseguir, será sem dúvida um novo case de marketing.
As mesmas fontes indicaram que a Samsung já tem funcionando uma fábrica de MicroLED no Vietnã, de onde estão saindo TVs de 110″ principalmente para o segmento corporativo. E que essa fábrica está sendo ampliada para produzir também versões de 77″ e 88″, destinadas ao mercado residencial.
Evidentemente, todas essas informações devem ser tomadas com cuidado, até porque não se sabe quem são as tais “fontes”. Em maio, circulou em sites internacionais a notícia de que a Samsung estaria comprando nada menos do que 5 milhões de painéis OLED da LG para produzir seus TVs QD-OLED. A se confirmar, seria a notícia mais exótica do ano, já que a empresa sempre criticou a qualidade dos painéis da concorrente.
Nessa história toda, chama atenção o fato de até agora nenhuma imagem dos TVs QD-OLED ter vazado (a foto acima é uma das poucas, mas visivelmente criada em computador). Será que eles existem mesmo? Aguardemos por notícias mais detalhadas (e confiáveis).