Com as pessoas passando mais tempo em casa, o melhor investimento pode ser esse mesmo: dentro da sua casa. Melhorar a segurança e o conforto da família passa a ser prioridade, especialmente para quem se acostumou ao home office.
E que tal aliar as duas coisas, combinando os espaços de trabalho e estudo com uma área de entretenimento. A tecnologia atual oferece soluções para tudo isso, e a preços cada vez mais acessíveis. A questão é o que comprar primeiro. Ou, para ser mais prático, por onde começar?
Para evitar decisões precipitadas, que em geral acabam custando mais caro, nossa proposta aqui é orientar o consumidor num projeto de home theater e automação para sua casa ou apartamento. Montar uma planilha, com check-list de tudo que é necessário e de quais devem ser as prioridades.
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Mesmo que você não possa (ou não queira) investir numa solução completa para a casa toda, essa planilha será valiosa para a tomada de decisões. É possível organizar as coisas de modo a ir compondo o sistema aos poucos, de acordo com o orçamento, e colocando na frente, claro, o que for mais urgente.
Importante: não existem soluções ideais, que possam ser copiadas de uma casa para outra. Os espaços podem até ser parecidos, mas as necessidades de cada usuário variam. E é preciso examinar a infraestrutura da construção (ou do edifício).
Portanto, as regras a seguir são gerais. Sua aplicação depende de uma análise “in loco”, a ser feita por um projetista especializado. Sim, essa figura é fundamental para evitar quebra-quebras e gastos desnecessários. Tentar economizar nesse item é um grande passo para aborrecimentos futuros.
1.
Defina os espaços
Se você já tem um cômodo onde possa instalar seu home theater, ótimo. Tudo pode ser centralizado ali, de onde não é difícil levar a rede para outros pontos da casa. O mesmo vale para o home office. Ou, como vem se tornando comum, um espaço híbrido onde você organiza seus horários de trabalho e lazer.
Agora, se a ideia é montar o equipamento na sala mesmo, será necessário tomar algumas precauções. Vale reforçar que, numa sala aberta, adeus privacidade. Seja para trabalhar, estudar ou se divertir, qualquer projeto deve levar isso conta.
Detalhe: para home theater, o ideal é um espaço retangular, em proporções próximas a 3,8×5, 5×7 ou 6×8.
2.
Com fio ou sem fio?
Se você está construindo, ou tem condições de reformar sua casa o apartamento, vale a pena pensar numa rede cabeada. Embora as conexões sem fio sejam cada vez mais usadas, ainda não conseguem atingir a mesma confiabilidade e rapidez.
Mas, claro, todo mundo precisa de conexões sem fio, daí por que o ideal é uma rede híbrida, com parte dos aparelhos conectados via cabo. Para ver filmes e séries em Full-HD, recomenda-se uma banda larga de pelo menos 5MB (reais); para 4K, 20MB.
Atenção: essa é a conexão a ser solicitada da operadora. Dentro de casa, é necessário garantir o acesso sem travamentos, o que exige um bom roteador (os mais avançados são os Wi-Fi 6) e repetidores em cada cômodo.
Vale lembrar que quanto mais produtos conectados à internet (TVs, computadores, celulares, videogame, assistentes de voz…), mais megabytes serão consumidos. E se há necessidade de baixar ou enviar arquivos grandes ou fazer muitas chamadas por vídeo, recomenda-se no mínimo 50MB.
3.
Iluminação e energia
Em tempo e energia cara, vale muito a pena planejar a quantidade de luz usada em cada espaço da casa. Recomenda-se também aproveitar ao máximo a luz externa, com janelas grandes e cortinas para garantir a privacidade.
Numa casa com várias pessoas usando telas, a iluminação se torna fundamental para evitar cansaço visual. É preciso evitar que os pontos de luz (inclusive das janelas) incidam sobre a tela, de preferência utilizando iluminação indireta – via arandelas ou lâmpadas embutidas no teto.
Lâmpadas de led, embora mais caras, oferecem melhor rendimento e durabilidade com menor consumo de energia. Podem ser controladas por painéis de parede inteligentes, que substituem os interruptores tradicionais, incluindo a função dimmer.
Melhor ainda é instalar sensores de presença, que apagam as luzes quando o ambiente está vazio. Esse é um dos principais recursos dos sistemas de automação, que permitem criar “cenas” para cada situação: ver filmes, ler, conversar etc.
4.
Tamanho de tela ideal
Ao definir o espaço do seu home theater, e antes de comprar qualquer aparelho, é preciso tomar a decisão sobre a tela. Apesar do atrativo de uma tela “de cinema”, nesse caso nem sempre maior é melhor.
Primeiro, escolha uma parede que não fique de frente a uma janela e calcule a distância dali até a posição do sofá. Será preciso ter pelo menos 2,50m para fazer bom uso de uma TV de 55”, por exemplo. Se você acha esse tamanho insuficiente, tente recuar mais o sofá.
Também é importante medir a largura da parede. Uma TV de 65” mede aproximadamente 1,50m e uma de 85” chega a quase 2 metros.
E, claro, uma TV não pode ocupar a parede inteira, devendo ficar a cerca de 60cm do piso para manter o centro da tela na altura dos olhos de uma pessoa sentada.
Será preciso pensar então em adquirir (ou mandar fazer) um móvel que comporte a TV desejada, ou pendurá-la na parede com suporte apropriado.
Seu projetista pode ajudar a escolher a melhor opção e, mais do que isso, cuidar da instalação correta.
5.
O som que sua sala merece
O tamanho da sala e a posição da tela servirão para definir também o tipo de som mais adequado. A maioria das TVs não oferece áudio de boa qualidade, e por isso é preciso pensar num sistema surround, seja com receiver e caixas acústicas posicionadas em pontos determinados da sala, ou com uma soundbar, caixa horizontal instalada sob a TV.
Para uma sala com mais de 25m2, dificilmente será suficiente uma soundbar, já que essas caixas trabalham com as reflexões dos sons nas paredes, simulando o som das caixas convencionais.
Portanto, o tamanho do ambiente é o primeiro critério a ser levado em conta. A vantagem das soundbars é que sua instalação é simples: basta ligar na tomada e conectar um cabo HDMI à TV. Além de reproduzir o som de filmes e programas, elas servem para ouvir música conectando-se por Bluetooth a smartphones, tablets etc.
Já um receiver deve ser ligado obrigatoriamente via cabo às 6 caixas acústicas que compõem um sistema básico de home theater; num ambiente grande, pode-se optar por mais caixas para ampliar os efeitos sonoros dos filmes, inclusive com o recurso Dolby Atmos.
6.
Caixas: vale a pena embutir?
Para economizar espaço na sala, uma solução muito utilizada é embutir as caixas acústicas no teto revestido de gesso. Ou utilizar caixas do tipo on-wall, montadas com suportes de parede.
Esse é outro ponto em que a presença de um projetista profissional é imprescindível. Ele saberá escolher as caixas ideais para cada espaço, de acordo com a potência e a impedância do receiver.
Mais: irá cuidar da montagem das caixas na laje (que exige cálculos detalhados), passagem dos cabos e supervisionar a aplicação do gesso.
Se isso tudo representar muito transtorno, o instalador também pode orientar sobre a escolha de caixas convencionais montadas no móvel ou no próprio piso.
7.
Tudo automatizado e sob controle
Com um bom projeto, é possível agregar ao home theater uma série de recursos inteligentes. TV, som, luzes, ar-condicionado, cortinas elétricas, alarmes… tudo pode ser comandado por um único controle remoto – ou um app de celular.
Algumas TVs da Samsung, LG e TCL vêm com plataformas smart que permitem visualizar na tela o status dos dispositivos da casa, incluindo eletrodomésticos.
E há os assistentes de voz, já encontrados em praticamente todas as TVs e soundbars: é possível acionar os aparelhos da casa toda por voz, além de buscar filmes ou séries no streaming, chamar playlists, acender/apagar luzes… e muito mais. (veja outras dicas aqui)
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