Grande parte das empresas líderes em automação no mundo está preparando o lançamento, ainda este ano, dos primeiros produtos compatíveis com o padrão de conexão Matter. Deverão ser lâmpadas, tomadas, interruptores, termostatos e câmeras inteligentes que poderão se comunicar sem fio de forma bem mais fácil, rápida e estável do que acontece hoje.
Cerca de 400 empresas hoje estão filiadas à CSA (Connectiviy Standards Alliance), iniciada pelas gigantes da internet – Google, Apple, Amazon e Microsoft – e que aos poucos foi ganhando adesões de outras gigantes: Samsung, LG, Control4, Axis, Panasonic, Sonos, TCL, Belkin, LifeSmart, HP, GE, Huawei, Acer, Enel, Texas, Siemens, Cisco, HDL, Logitech, Philips, Tuya e Qualcomm são algumas das que atuam no Brasil. Dificilmente alguma marca importante de automação ficará de fora (vejam aqui), e é quase certo que quem não adotar o Matter ficará para trás nesse mercado.
Em entrevista recente ao site The Verge, a diretora do Google para a área Smart Home, Michelle Turner, confirmou que a empresa será uma das primeiras a adotar a tecnologia; citou até os produtos que estarão à venda antes de novembro, um deles o display da foto, o Nest Hub Max, híbrido de controle smart, termostato e assistente de voz.
Mais do que isso, disse ela na última conferência de desenvolvedores, quem possui um dos produtos Google atuais – incluindo as caixinhas Google Home – poderá receber a atualização automática. “Outro dia, levei 45 minutos para configurar quatro lâmpadas na casa da minha sogra”, contou Michelle. “Não deveria ser assim. Matter vai simplificar muito as coisas, além de tornar mais rápidas as conexões. E terá uma terceira vantagem, que é permitir a comunicação entre dispositivos de marcas diferentes, uma das queixas mais comuns dos usuários atualmente”.
Na descrição da executiva, o acionamento será como é hoje acender e apagar uma lâmpada. Mas, a prazo mais longo, a estratégia do Google é construir o que Michelle chama de “casa proativa”, que pode ser definida desta forma: “Em vez de se ter um monte de aparelhos conectados, o protocolo poderá ser parte da própria estrutura da casa, de tal forma que qualquer novo produto que a pessoa compre já se integre automaticamente e passe a se comunicar com os dispositivos já existentes”.
Como isso será feito? A própria Michelle não tem (ou não quer dar) as respostas exatas. Mas ressalva: se não for assim, o Matter simplesmente não fará sentido para os usuários.