Em 2023, a Marantz renovou sua linha de receivers lançando a série Cinema. São quatro modelos com diversos recursos de última geração (mais detalhes aqui).
O Cinema 60 é o segundo receiver mais acessível da da série. Com 7.1 canais de processamento, pode lidar com os mais recentes formatos surround, como Dolby Atmos com verticalização de altura (Height Virtualization) e DTS:X com sua tecnologia Virtual:X de simulação através dos canais frontais.
O aparelho possui amplificador classe A/B de sete canais, capaz de fornecer 100W por canal a 8 ohms (quando acionado em 2 canais), além de sistema de calibragem de sala Audyssey MultEQ XT.
ENTRADAS HDMI PARA 4K 120Hz e 8K 60Hz
Como os outros receivers da série, o Cinema 60 apresenta painel frontal de duas camadas, em tons cinza escuro e preto, semelhante ao encontrado na linha Hi-Fi, que inclui o amplificador integrado Model 30 (detalhes neste link). Esse design mantém o estilo clássico da Marantz, com a disposição simétrica de botões, conectores (P2, P10 e USB) e o display no meio.
Quando se trata de conectividade de vídeo, a Marantz adota as conexões HDMI 2.1, deixando de lado as entradas de vídeo composto e componente. Isso significa que o receiver não faz o chaveamento de vídeo de fontes mais antigas.
As conexões de áudio incluem entrada Phono (para toca-discos) e saídas pré-amplificadas de 7.2 canais, para amplificação externa, além de dois subwoofers. A conexão HDMI 2.1 desse receiver aceita formatos de vídeo 4K a 120Hz e 8K a 60Hz. E faz upscaling de vídeo HD para Ultra HD (até 8K), acomodando HDR10+ e Dolby Vision, com eARC para ligação à TV.
LIGAÇÃO EM REDE WI-FI OU LAN E CONTROLE POR APP
Uma vez ligado à rede, via LAN ou Wi-Fi, o receiver Cinema 60 pode ser controlado através do app Marantz AVR Remote. E reproduz música via AirPlay ou HEOS pelo mesmo app. Além de permitir acesso a um servidor local (NAS), o HEOS oferece suporte aos principais serviços de streaming de música (à exceção do Qobuz).
O receiver é capaz de decodificar sinais PCM de até 192kHz/24 bits e DSD de até 5,6MHz (DSD128). Seu controle remoto é fino, com botões bem dispostos e claramente identificados. Há uma tecla lateral para ativar a retroiluminação do acessório, conveniente para uso no escuro.
As fontes HDMI conectadas ao receiver foram um player de streaming 4K com DVR (Xfinity X1) e um Blu-ray player 4K universal (Oppo UDP-203). Os sete terminais de caixas foram conectados a um conjunto de caixas Revel Ultima Studio, com dois subwoofers SVS.
NA TV, UM GUIA DE CONFIGURAÇÃO PASSO A PASSO
O Cinema 60 pode ser configurado de forma relativamente rápida; após conectar sua saída HDMI à TV, seguimos pela tela o guia de configuração passo a passo da Marantz. Esse guia aborda as conexões de equipamentos externos, configuração de rede e de caixas, bem como a calibragem automática.
O processo de calibragem Audyssey MultEQ XT (fornecido com microfone que acompanha o receiver) também foi simples. Em termos de nível de volume e equalização de resposta, o resultado foi bastante preciso, sendo necessários pequenos ajustes para adaptá-lo ao nosso gosto.
Não tivemos como testar a funcionalidade de vídeo 8K, mas os demais recursos de processamento de vídeo do Cinema 60 funcionaram conforme anunciado pelo fabricante. Pode-se usar tranquilamente esse receiver como principal hub de comutação de vídeo, pois não vimos diferença entre os sinais chaveados através dele e a saída das fontes diretamente para a TV (Samsung 75”).
O recurso de upsampling funcionou perfeitamente: usamos para aumentar a resolução dos sinais 1080p do decodificador de TV digital para a resolução 4K com resultados satisfatórios, sem distorções ou anomalias perceptíveis.
AVALIAÇÃO: DIÁLOGOS NÍTIDOS MELHORAM A EXPERIÊNCIA
O essencial em um receiver é o desempenho do som surround, e o Marantz não decepcionou nesse aspecto. Decodificou a trilha de variados conteúdos, criando um envolvimento sonoro que melhorou nossa experiência audiovisual.
Gostamos do processamento surround no filme Spirited – Um Conto Natalino (Apple TV+), em Dolby Atmos, que contém muitos cantos, diálogos, música de fundo e sequências de ação. O receiver lidou bem com essa trilha complexa, criando um envolvimento sonoro animado e espaçoso. Os diálogos estavam inteligíveis mesmo quando surgiam no meio de uma música, e os efeitos sonoros foram sempre nítidos, com texturas e impacto convincentes.
A experiência de assistir à série Wandinha (Netflix) não seria a mesma sem um bom sistema de som surround. O Cinema 60 realmente entregou de forma convincente o rico conteúdo surround da trilha, como os ecos em uma caverna, a música de fundo rítmica e os sons da floresta escura.
O desempenho em música estéreo foi decente, com características sonoras equilibradas, inclusive na reprodução em streaming através do app HEOS. O receiver reproduziu vários formatos de arquivo de música que usamos (DSD, PCM e MP3) sem problemas. Na faixa Don’t Need The Real Thing, de Kandace Springs, de seu álbum Indigo (Tidal), os vocais da cantora americana soaram encorpados e o receiver transmitiu as ricas texturas e dinâmicas da música.
Além da ampla conectividade para todo tipo de fonte de sinal, esse receiver da Marantz traz os mais recentes recursos e processamentos surround, com desempenho sólido que aprimora a experiência no home theater.
*Adaptado da revista eletrônica “Secrets of Home Theater and High Fidelity” ©
FICHA TÉCNICAMODELO: receiver 7.2 canais Marantz Cinema 60 POTÊNCIA: 100W por canal (medidos em 20Hz-20kHz, com distorção harmônica total de 0.08%, em 2 canais e 8 ohms) ENTRADAS / SAÍDAS DIGITAIS: 6/2 HDMI 2.1 (3 entradas para 4K@120Hz e 1 saída eARC), 2 ópticas, 2 coaxiais e 1 USB ENTRADAS / SAÍDAS ANALÓGICAS: 5 entradas estéreo (1 Phono), saídas pré-amplificadas para 7.2ch e Zone 2 OUTRAS CONEXÕES / PROTOCOLOS: Wi-Fi (dual band), AirPlay 2, HEOS, Spotify Connect, Bluetooth, LAN, P10 (fone), RS-232, IR (P2), Trigger 12V DIMENSÕES (L x A x P): 44 x 16 x 34cm PESO: 11kg CONSUMO: 650W (máximo) GARANTIA: 1 ano PREÇO: sob consulta FABRICANTE: Marantz (www.marantz.com) DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Disac (www.disac.com.br) |