No smartphone, no relógio, na caixa acústica, nos TVs, eletrodomésticos e até no carro: os PDAs (Personal Digital Assistants), mais conhecidos como “assistentes de voz” estão roubando a cena nesta CES 2018. É inacreditável a quantidade de produtos compatíveis com Alexa, da Amazon, e Home, da Google, além do Apple Siri (mais antigo). A popularidade desses dispositivos cresceu tanto nos últimos meses que agora eles estão sendo oferecidos já “dentro” dos TVs, por exemplo.
Passear pelos estandes da CES equivale a assistir a inúmeras demos com PDAs fazendo de tudo a partir de comandos de voz: “Alexa, acenda as luzes”, ou “Google, ligue o ar em 23 graus”, estão entre as frases mais comuns, por enquanto somente em inglês. A Google já anunciou para os próximos meses uma atualização para outros idiomas, português inclusive, e evidentemente a Amazon deve estar preparando o mesmo. No mundo inteiro, o conceito é o mesmo: facilitar o contato do usuários com seus aparelhos de uso mais comum.
No estande da Panasonic, vimos uma demonstração do Alexa Onboard, criado pela Amazon para veículos conectados. O motorista diz “Alexa” e o carro já entende que preciosa ativar controles como luzes, ar condicionado, áudio/vídeo, internet, GPS etc. As duas empresas estão oferecendo o “pacote Alexa” a fabricantes de automóveis.
As novas caixas acústicas Command Bar, da Polk Audio, também são compatíveis com Alexa: o sensor de voz já vem embutido na caixa, permitindo controlar não apenas o som, mas também outros aparelhos da casa conectados ao sistema. Aliás, caixas sem fio (Bluetooth e Wi-Fi) talvez sejam os itens em maior quantidade aqui nesta CES: praticamente todos os fabricantes de caixas aderiram aos PDAs, variando apenas aspectos como potência e design.
Pesquisa divulgada durante a Feira mostra que, em 2017, nada menos do que 99% das caixas sem fio vendidas nos EUA tinham Alexa ou Google embutidos – dá cerca de 20,7 milhões de unidades, o que representa aumento de 170% sobre as vendas de 2016. Outra pesquisa, esta da Futuresource, indica que caíram 16% as vendas de caixas com fio. Para este ano, a estimativa é de crescer mais 30%.