Uma nova pesquisa divulgada pela Nielsen, maior empresa do segmento, revela que, ao contrário do que muitos afirmavam, o fenômeno chamado cord-cutting não está evoluindo entre os consumidores. Embora continue crescendo o uso de serviços de vídeo online, como Netflix, a maioria das pessoas entrevistadas afirma que não pretendem cancelar suas assinaturas de TV, mas apenas complementar os conteúdos que gostam de assistir.
Segundo os dados divulgados, apenas 32% dos usuários pelo mundo afora têm planos de abandonar os serviços tradicionais de TV e vídeo para ficar apenas com os sites; nos EUA e Canadá, esse percentual é ainda menor: 22%. A Nielsen informou ter ouvido 30 mil pessoas em 61 países. “Para a maioria, os serviços online apenas complementam as ofertas tradicionais, um não exclui o outro”, explicou Megan Clarke, presidente da Nielsen.
Em sua opinião, o cord-cutting (cancelamento da compra de pacotes das operadoras) está dando lugar a um outro fenômeno, apelidado cord-shaving: os consumidores evitam cancelar a assinatura, procurando pacotes mais baratos. Dos 30 mil entrevistados pela Nielsen, todos com acesso à internet, nada menos do que 70% são assinantes de serviços tradicionais, enquanto 25% disseram que pagam serviços online, como Netflix, Hulu e Amazon.